O MODELO DOS MODELOS:
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO
Como nos orienta Vygotsky, o
homem é o único ser capaz de “operar mentalmente sobre o mundo – isto é, fazer
relações, planejar, comparar, lembrar, etc.”, ainda completando o que o autor nos
revela, essa capacidade de pensar e de lidar com as representações que
substitui de certa forma a realidade, é que: “possibilita ao homem libertar-se do
espaço e do tempo presente, fazer relações mentais na ausência das próprias
coisas, imaginar, fazer planos e ter intenções”. No campo educacional essa
capacidade do pensar nos remete especificamente nesse caso, as questões da inclusão da pessoa com deficiência
na escola comum.
Uma das questões que se torna pertinente estaria relacionado a
de como está se dando o processo inclusivo dos alunos com necessidades nos espaços escolares,
no que diz respeito a dinâmica que envolve essa ação, seja de ordem material,
de espaço e ou até mesmo de pessoal qualificado, sejam estes professores ou
pessoal de apoio das escolas.
Somos capazes criar mentalmente
ideias que possam mudar nossas próprias ações e até mesmo a maneira dos outros
sujeitos agirem e pensarem em relação ao mundo. Temos a capacidade de criar, analisar, avaliar e recriar nossa prática em relação ao processo inclusivo
das escolas da qual fazemos parte, somos capazes também, de fazer inferências acerca das
representações sociais e das políticas públicas inclusivas. Não devemos apenas nos
apropriar de um único modelo de inclusão e sim buscar o melhor modelo que se
adeque as necessidades da nossa comunidade escolar. Nesse sentido, é de suma importância a análise dos parâmetros
do processo inclusivo, na tentativa de melhor compreender a inclusão em toda a
sua dimensão.
Assim sendo, devemos pensar e
repensar, construir e reconstruir os parâmetros do processo inclusivo, e que as
nossas ações, sejam de fato práticas inclusivas que elimine as barreiras desse processo
superando as dificuldades, podemos sem
sombra de dúvidas ser mediadores dessas ações e ou práticas inclusivas.
A escola é um direito constitucional
e incondicional a todo cidadão. As pessoas com necessidades especiais devem
está sendo incluída na escola comum tendo também como direito o Atendimento
Educacional Especializado, nesse sentido garantindo de fato sua inclusão.
*Oliveira, Marta Kohl de - Ygotsky – Aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico, São Paulo-SP, Ed. Scipione, 1995.
*RAPOLI, E.; MANTOAN, M. T.; SANTOS,M.T.; MACHADO, R.; - A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar- A Escola Comum Inclusiva- ME/SEE/UFC- Brasília.2010